31 de março de 2010

A PSIQUÊ DO MOTORISTA...

Amigos...

Cada vez mais tenho a impressão de que ser um bom motorista ajuda a ser um bom ciclista. Parte do problema do nosso relacionamento com os motoristas é que, sendo ambos, e sendo bons na direção, sabemos o que pode e não pode ser feito no trânsito.

Entenda que bom motorista para mim não é aquele que "arrota" vantagem porque anda a 100km/h, é hábil piloto, e já capotou várias vezes sem sofrer arranhão. Este é piloto de rally, e daqueles frustrado! Bom motorista segue as regras, anda na velocidade que a via permite, e respeita os demais "atores" que estão participando com ele do tráfego. Bom motorista não joga o carro em cima do ciclista, porque, primeiro o carro dele é lindo, ele não quer nem um risquinho! Depois, a multa que ele e o carro dele vão sofrer é alta, risco até de perder a carteira, dele não poder mais dirigir o carrinho dele. E finalmente, lá nos finalmentente da lista de prioridades dele, está a vida do ciclista! Apaixonados por carros!? Sim, paixão doentia!

E o "vai que dá!" que passa na cabeça dele, quando nós, pensando que estamos ajudando, nos imprensamos no meio-fio para ele passar?! Se você trafega a um metro do meio-fio, você tem um metro para escapar. Parece pouco, mas é bastante para 99% das situações de risco. Mas se você não deixa o espaço, se anda muito próximo disto, você deixa para ele a impressão de que cabe o carro dele no "buraco" entre os carros da outra faixa e você. E adivinhe quem vai ser espremido? Ele sabe claro, que um acidente com você causa menos dano do que uma rela-rela com o carro do lado! Quem será a próxima laranja deste suco?!?!

Muitos temem ser atropelados por trás. Acham que o motorista, num acesso de fúria tresloucada, jogará o carro em cima do coitado do ciclista. Esqueça! Lembra dos riscos no carrinho dele! A primeira paixão dele riscada? NEM PENSAR! Não joga não, colega. Ele buzina, ronca, bufa, solta pum, mas fica atrás de você. Mantenha sua velocidade e direção, e quando puder, deixe ele passar, para sua segurança. Popó nervoso, popó perigoso!

Enfim, quando estiver no trânsito e encontrar um nervosinho, estressado, lembre-se do que lhe digo: ainda assim, ele só joga em cima de você se algo lembrar vagamente a ele, espaço para ele encaixar o carro. Se você não der mole, ele espera! E assim que der, se livre dele!

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30 de março de 2010

DICAS & TRUQUES PARA UM PEDAL SEGURO I

Amigos...

Muitos desejam usar a bicicleta no seu dia a dia, mas temem sua segurança no trânsito e patrimonial. Aqui uma pequena coletânea incompleta de dicas para ajudar os indecisos e medrosos.
  1. SINAL DE TRÂNSITO... A regra é sempre se fazer visível. Quando o sinal fechar, tente passar pela direita dos carros e posicione-se em cima da faixa de pedestres, procurando ser visto pelo carro que está imediatamente atrás de você. Na faixa, você é pedestre, portanto, desmonte, fique com os dois pés nela! Mantenha-se atento ao sinal e saia assim que abrir, procurando não ocupar toda a faixa.
  2. TRAVESSIA DE PONTES... Pontes costumam ter menos pistas que as vias que as alimentam, estrangulando o tráfego nela, de alguma forma. Se você for pelo cantinho, tenha certeza que os carros irão tentar passar e vão espremer você contra o batente da calçada. Pedale a pelo menos 1m do batente, ocupe parte da faixa e obrigue o motorista a se acalmar. Ele pode até buzinar e alguns chegam até a forçar a passagem, mas se você tem um metro ao seu lado, tem para onde fugir e freiar parando. Nunca pedale pela calçada. Se tiver tanto medo assim, desça, e atravesse pela calçada empurrando a bike!
  3. ENTRANDO A ESQUERDA... Uma das mais difíceis manobras para o ciclista, em especial em cruzamentos de vias de mão dupla. Se houver sinalização específica, vá para a frente do carro que vai entrar à esquerda, e faça sinal para ele te permitir atravessar. Geralmente não existe o sinal específico, mas existe um contorno de quarteirão que permite a travessia. Vá para a frente dos carros quando o sinal fechar, e ao abrir, parta na frente para evitar os carros que querem entrar à direita. Faça o contorno de quarteirão, e mude a direção, posicionando-se na transversal virado para a esquerda de onde você vinha. Quando o sinal abrir, atravesse com cuidado.
  4. SINALIZE SEMPRE... Mais frágil do que o carro, o ciclista e sua bike devem sempre manter olho no olho dos motoristas, e sinalizar sempre suas intenções, não deixando margem a dúvidas. Fique atento a todos os elementos do tráfego, e não deixe para avisar em cima da hora.
  5. ÔNIBUS PAROU... E você para atrás, de forma que o motorista possa vê-lo pelo retrovisor. Nunca ultrapasse um ônibus a menos que ele sinalize que quebrou. A bicicleta é o veículo mais rápido do trânsito, e a pressa é uma inimiga mortal! Algumas empresas de ônibus, em especial as da Zona Norte de Recife, treinam seus motoristas que costumam respeitar mais os ciclistas. Outras, em especial as da Zona Sul, fazem o contrário. Portanto, fique atento e denuncie os abusos. Ninguém muda sem a devida pressão.
  6. ATENÇÃO CONSTANTE... Quando pedalar sozinho, planeje sua rota por ruas menos movimentadas e mais seguras. Quando pedalando em vias de grande movimento, fique atento a possibilidade de assaltos, sempre olhe para a frente, evite ser pego desprevenido. Se assaltado, não reaja. Sua bicicleta não vale sua vida, por mais cara que seja. Ao estacionar, amarre sempre sua bike no quadro. Evite ter dispositivos de troca rápida de rodas e selim, para a bike que roda na cidade, ou providencie travas específicas para estas partes, com chaves. Remova qualquer coisa que dê idéia de valor da sua bike, adesivos, nomes de fabricantes, etc, ou cubra com fita adesiva preta. Furtos de lâmpadas, ciclocomputadores e outros acessórios tb são comuns, não facilite.
Esta é a primeira parte de uma série de posts sobre DICAS e TRUQUES para ciclistas neófitos.
Acrescentem e COMENTEM!!!

29 de março de 2010

ENQUANTO ISSO, NA SALA DA JUSTIÇA...

Amigos...

Olha aí outro vídeo sobre a famosa Via Mangue. Adoro esta preciosidade! Cadê minha ciclovia???



E o corredor NORTE-SUL... Cadê minha ciclovia???



Pelo visto, continuará tudo igual...

Ou será que assinaram algum "TERMO DE AJUSTE" de projeto e esqueceram de por no vídeo?!?!?!

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27 de março de 2010

TEM DE QUERER FAZER...

Amigos...

Com frequência comento que existe toda a possibilidade de termos uma cultura da bicicleta em Recife. Na grande maioria das vezes, ouço que não dá para ir ao trabalho de bike porque o calor, o suor, etc, não deixam ninguém apresentável para o dia a dia de trabalho depois de uma pedalada. E que o clima de Recife não é adequado, ou que pode chover, e a pessoa chega toda molhada no trabalho.

Acreditem é possível. Acontece que nossa infraestrutura de mobilidade e de trabalho não é voltada para acomodar o ciclista como faz com o usuário dos automóveis. A cidade é cheia de postos de gasolina, estacionamentos, e pontos de apoio para os carros. Mas se quisermos uma cidade voltada para o ciclistas, isto pode ser feito.

Anexo mais um vídeo descoberto pelo CICLOVENÇÃO URBANA, com o CENTRO CICLISTICO DA PRAÇA REI GEORGE, em Brisbane, Austrália. Não tem narração, apenas algumas legendas em inglês, que acompanham as imagens. Fácil de perceber que alguém lá de cima TEM DE QUERER FAZER, para acontecer!



Se for possível vcs escreverem depois de babar nestas imagens, COMENTEM!!

E SE NÃO BASTASSEM OS CARROS...

Amigos...

E como se não bastasse os riscos que corremos pedalando, ainda temos de pensar na segurança de nossas bikes... vejam como é fácil levar a sua bike!



Se quiser TENTAR se proteger, veja estas dicas. Ambos os vídeos, em INGLÊS, mas mesmo se vc não entender a narração, as imagens já são uma ótima idéia.



Post descaradamente copiado do CICLOVENÇÃO URBANA! HEHEHE.

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PEDESTRES, SINAIS, CICLISTAS E OUTROS PENTELHOS

Amigos...

Um post do MENOS UM CARRO, blog português que acompanho, chamou a atenção para algo que vemos todos os dias e nem notamos. A grande maioria de vcs que me lêem, anda de carro. Alguns devem fazer como eu, só andam de carro quando é realmente preciso, e preferem andar a pé, de ônibus e de bike. Mas toda a cidade é organizada para o fluxo dos carros. Sinais de pedestres com tempos reduzidos para travessia, avenidas superlargas, passagens de pedestres separadas por 2 ou 3 quarteirões, tudo é feito em prol do fluxo de carros.

Uma das mais brutais formas de perversão do nosso tráfego são os sinais de pedestres de Recife. Uma cidade plana, com uma enorme população que anda a pé, de ônibus ou de bike, mas que não dá nenhuma real atenção a esta grande parte menos favorecida da sociedade. Estimar que em 8 segundos uma pessoa adulta possa atravessar o sinal de pedestres, como no cruzamento da Benfica com a Estrada dos Remédios na Madalena, é uma coisa. Esperar que uma pessoa de idade, uma criança ou um deficiente motor, consiga fazê-lo é de uma crueldade sem par. Quantas e quantas vezes não vi carros tendo de esperar que uma pessoa assim conclua sua travessia?

Nossos gestores não estão atentos ou nem pensam em sinais de pedestres como sendo uma necessidade da sociedade. Para eles, estes sinais, assim como os usuários de bikes em geral, representam aborrecimentos, entraves no fluxo suave e continuo que deve ser representativo de uma grande metrópole que eles imaginam ser o Recife. Nossos gestores de tráfego administram a cidade para os 400.000 carros existentes, contra mais de 2 milhões de pessoas que não o utilizam, com uma mentalidade do começo do século XX. Acordem!

O cidadão comum que se f..., esta, com perdão da palavra, é a situação real do Recife.

Aqui se vc não é motorista, se não está em uma moto, você não existe. Ou pior, existe apenas para encher o saco deles. Por eles, vcs seriam fulminados ao se aproximarem de um sinal de tráfego. Um dia a sociedade vai ter de dar um basta nestes desmandos de nossos gestores. Um dia precisaremos de um tráfego democrático, que respeite o que dita nossa CONSTITUIÇÃO FEDERAL, oferecendo um tratamento que trate os iguais entre si da mesma forma, e diferente os que estão em diferentes situações. Pedestres e ciclistas não são iguais a carros e motos. Somos diferentes, mas também somos cidadãos deste país, temos o direito de sermos respeitados e tratados dentro dos nossos limites. Também merecemos ser considerados por quem gerencia o tráfego na cidade.

Ou então eu vou comprar uma jamanta de 18 rodas, e sair passando em cima de tudo quanto é carro que ficar na minha frente. Vai ser a lei do mais forte, mais pesado, mais possante! Se é para se portar no tráfego como se fosse um brucutu, então vamos partir logo para a ignorância!

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26 de março de 2010

PEDALAR COM RAIOS, PODE?

Amigos...

Ontem, de madrugada, saí para pedalar com aquela garoa leve e muitos relâmpagos cortando os céus. Claro que pensei que iria diminuir, que seria uma rápida nuvem. Mas tremi na base ao atravessar o viaduto do Carrefour, rumo Jaqueira. Então propus na lista CICLOTUR-BR o tema RAIOS E RELÂMPAGOS para tentar encontrar alguém que sacasse bem do assunto e explicasse direitinho o que fazer quando o céu ameaçar desabar na sua cabeça. Este post é ainda mais importante para os que gostam de pedalar em trilhas. Se aqui na cidade, basta parar no muro de um prédio alto que estarei protegido, em um canavial ou trilha aberta, na chuva, e com raios caindo, o que deve ser feito para conseguir uma boa proteção? Vejam o que o Engenheiro Elétrico Rodrigo Telles, de Cristal Paulista/SP sugere fazer:
Rogério,
essa discussão é importante. Sou engenheiro elétrico (ou fui) mas não sou especialista em raios :-). O que eu posso dizer com base no meu conhecimento é o seguinte:
  • Nunca ouvi nada sobre diferença de perigo entre raios de cargas negativas ou positivas. Pelo meu conhecimento não deve fazer muita diferença em que sentido o raio atravessa um corpo, mas posso estar errado.

  • O raio é uma descarga elétrica com uma diferença de potencial gigantesca. A prova disso é que ele atravessa centenas de metros de atmosfera, que mesmo com umidade é um dos melhores isolantes que existe. Portanto, os pneus da bicicleta não são nada se comparado a isso. A "vantagem" para o raio ao atravessar um ciclista é maior do que a desvantagem dos poucos cm de isolamento dos pneus. O fato de estarmos pedalando, sem pôr os pés no chão não alivia. O contado com o metal da bicicleta nos deixa a cerca de 2 ou 3 centímetros (pneu) do chão, que como eu disse é quase nada para o raio.

  • Os carros são abrigos totalmente seguros para raios única e exclusivamente pelo efeito da gaiola de Faraday. Mesmo aqui os pneus do carro não significam nada. O raio atravessa a carcaça sem atingir os ocupantes e chega no chão atravessando os poucos centímetros representados pelo pneu. Por tanto não adianta nada ficar na carroceria de uma caminhonete por exemplo. Aliás é até pior, pois devido à grande quantidade de metal, o carro irá atrair o raio. Os integrantes da cabine estarão protegidos e os que estiverem na carroceria serão atingidos. Uma curiosidade: é extremamente comum os raios atravessarem as carcaças de aviões. E não trazem nenhuma consequência para os ocupantes ou mesmo para os equipamentos eletrônicos dentro dele.

  • Não é aconselhável ficar em baixo de árvores, mesmo que sejam muitas árvores. O raio, tanto faz se "cai" de cima para baixo ou de baixo para cima, não atinge necessariamente um ponto só. Ele se ramifica e atinge uma região inteira. Ainda sobre as árvores, não importa somente a altura da árvore, mas também a profundidade das raízes. É o efeito fio terra do pára-raio. Uma observação minha: alguém já reparou que os abacateiros sempre morrem de raios? Por via das dúvidas, quando chove eu fico bem longe deles :-)

  • Todos os especialistas que eu ouvi até hoje dizem que numa situação onde não há abrigo, o ideal seria ficar abaixado, na tal posição de bola. Não é aconselhável deitar porque o raio pode ser mais mortal se atravessar diretamente o coração por exemplo. A posição de bola diminui o efeito pára-raio.

  • Ficar ao lado de prédios com certeza é mais seguro do que em campo aberto. Mas se tem um prédio é quase certeza que tenha um outro lugar por perto em que você possa se abrigar melhor.

  • A bicicleta é de metal e quando tem eletricidade no ar, fique longe de qualquer coisa de metal. Mesmo pequenos objetos como canivetes e ferramentas podem catalisar um choque. Para efeitos de raios, acho que o alumínio conduz eletricidade quase tanto quanto o ferro. Não é consolo.

  • Quando uma tempestade está chegando e você consegue prever com alguns minutos de antecedência, o melhor a fazer na minha opinião, é procurar um bar, um posto, ou mesmo pedir abrigo numa casa. Raio é perigoso demais para darmos bobeira.

  • Estando dentro de um abrigo, fique longe de equipamentos ligados a rede elétrica, telefônica ou fios de antena. Outra dia ouvi que pessoas tem morrido dentro de casa por estar próximos desses objetos, principalmente em casas simples com chão de terra batida.

  • Nunca fique num abrigo de pedra, tipo gruta. É melhor ficar exposto do que embaixo de uma pedra. Essa minha observação sobre as grutas de pedra é empírica. Eu já li alguns relatos de pessoas que se esconderam em grutas no meio de uma tempestade e ficaram tomando descargas elétricas a cada raio que caia próximo. E tem a experiencia do nosso amigo Paulo Roberto Cunha, que provavelmente está nos lendo aqui. Não me lembro direito a história, mas ele tomou uns choques debaixo de uma pedra lá no Itatiaia.

  • A história que telefone celular ou sem fio atrai raio é puro mito. É muito mais seguro falar ao celular do que num telefone com fio nessas situações.
É importante falar dessas coisas para saber o que fazer na hora que a coisa acontece, porque com certeza se você pedala está exposto. Então o importante é não ter reações de desespero.

Abraços,
Rodrigo Telles
Cristais Paulista - SP
www.ararauna.esp.br
www.clubedecicloturismo.com.br

Da discussão deste email na lista de cicloturismo surgiram mais duas informações que precisam constar deste post, enviados por Ebner de Suzano/SP

  1. O carro não atrai o raio, sendo apenas o caminho facilitador para o escoamento da corrente. Se um raio vier a atingir uma determinada área, fatalmente ele irá procurar o caminho melhor condutor e, se o carro em questão for esse caminho, então ele será o alvo.
  2. O fato da pessoa se deitar no chão se torna potencialmente perigoso devido a tensão de passo. Quando uma descarga atinge o solo ela se dissipa em ondas, de forma análoga às ondas formadas por uma pedra arremessada num lago. À medida que essas ondas se distanciam, elas formam uma perigosa diferença de potencial chamada tensão de passo. Pelo tamanho do corpo de uma pessoa, a tensão recebida em um extremo do corpo pode ser muito diferente da tensão recebida no outro extremo, e aí é que mora o perigo de deitar no chão.
Ebner
Suzano - SP

Vale divulgar bem este texto.

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24 de março de 2010

O CARRO VAI ME PEGAR...

Amigos...

Recentemente tive uma conversa com um colega ciclista que, apesar de pedalar com os grupos pela cidade, tem receio de fazer 1km de casa para o parque da Jaqueira pelo tráfego noturno. Receio de pedalar pelo trânsito, à noite. Então pensei em algumas sugestões para os "marinheiros de primeira viagem no tráfego" de Recife!
  • APAREÇA - Fique visível, bem visível. Use um roupas claras, coletes ou faixas refletivas, luzes fortes e bem direcionadas, ande com as costas eretas, se possível. Digamos que isto por si, já reduz a possibilidade de ser pêgo por acidente por um carro ou ônibus. Você está lá, o outro motorista vai te ver, e no máximo, encher teu saco buzinando. Se vc tem uma bike estradeira, considere a idéia de troca-la por uma bike de cidade, que deixa vc em uma posição mais elevada ao pedalar. Faça tudo para ser o mais visto da rua!
  • ESCOLHA - Ao pedalar nas ruas, vc não é carro, mas muitas vezes continua pensando como motorista de um, seguindo avenidas movimentadas, pegando cruzamentos perigosos, etc. Escolha ruas laterais e menos movimentadas, rode mais para evitar um cruzamento cabuloso, e acima de tudo, programe sua rota com antecedência, pensando onde são os pontos críticos e o que se pode fazer para reduzir o risco.
  • PACIÊNCIA - Pedalar é ir, chegar uma consequência. O prazer está em cada pedalada, no ar ao seu redor. Vc não está limitado pela "lata". Pedale sempre com paciência, sem pressa, sem agonia. Saia com mais tempo e esteja tranquilo ao pedalar. É uma atividade altamente anti-estressante, assim, desfrute e vá. Pedalar pelo tráfego não é ciclismo, é mobilidade. Velocidade e "agilidade" é a pior forma de conduzir sua bike no tráfego.
  • RESPEITO - A lei, ao pedestre, ao carro, ao ônibus e caminhões. Pedalar no tráfego não é tribuna de debates. Não é o local para vc convencer quem faz barbeiragens contra você de que eles está errado. Sorria sempre, seja cortês, siga as leis do trânsito, REAPRENDA a ser aquilo que o carro te roubou: CIVILIZADO!
Seguindo estes conceitos você vai descobrir o prazer que é ir a qualquer lugar pedalando. Aproveite!

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21 de março de 2010

AQUECIMENTO GLOBAL? ALI, NO CAVOUCO!

Panorâmica do Cavouco hoje.

Amigos...

O APS saiu hoje para um passeio até o Riacho do Cavouco, dentro do campus da UFPE. É uma área aprazível, que já visitamos no passado. É, eu disse?! Era! O açude está seco, com o nível bem abaixo do normal, lixo e sujeira se acumulam na área de piquenique. Outrora uma área interessante, hoje apenas o resultado das altas temperaturas e das poucas chuvas que tem caído na cidade. O aquecimento global chegou com tudo!

O passeio do APS, afora este ápice decepcionante, foi interessante. Márcia nos conduziu por Apipucos, Dois Irmãos, Jardim Primavera e Sítio dos Pintos, saíndo em Camaragibe, ali, antes da ladeira de Aldeia. Retornamos pela Caxangá e entramos para a Cidade Universitária, onde nos deparamos com a situação do açude.
Dois Irmãos

Do açude seguimos pelo Colégio Militar, por trás da UFPE e pegamos Caxangá até a ponte de pedestres do Parque Santana. Dali para a Jaqueira, como sempre. O passeio foi ótimo, um clima de tranquilidade, embaixo de mais um dia de sol pleno!

Vejam as fotos no slide show abaixo ou cliquem aqui para ver a pasta do PICASA.


Fiquemos de olho no Açude do Cavouco. O lugar vale a pena. Denuncie o lixo e a má conservação. Se não tiver muita água, pelo menos limpa a área deve sempre estar!

17 de março de 2010

YOGURTE X GASOLINA

Amigos...

Assisti agora ao vídeo abaixo e resolvi refletir um pouco sobre o assunto, comparando mais uma vez. Está em inglês, mas é bem simples de entender, bem ilustrativo mesmo se vc não falar uma palavra do idioma. Vale a pena!



Recife não é Nova Iorque. Não temos a infraestrutura cicloviária da "Capital do Mundo". Também não temos a quantidade de problemas de lá com o tráfego. Nem a qualidade dos nossos motociclistas pode se comparar, desde que os daqui não temem ser pegos e dirigem como loucos, muitos sem respeitar sinal, pedestres, carros e, claro, ciclistas e pedalistas.

Mas o vídeo tem uma informação importante para quem pedala na cidade: de bicicleta, nós somos constantes. Nossa velocidade média é maior do que a dos carros. Nossa cidade é plana, andando a 15km/h, velocidade normal, sem esforço, sem nem mesmo suar, aproveitamos melhor o seu traçado quadricular, seus binários e ruas laterais. Não precisamos seguir as vias principais, podemos e devemos andar nas vias secundárias, onde sem tráfego podemos manter uma velocidade média alta, sem problemas. Não tem tantos sinais nestas vias. Não paramos tanto, presos pelo tráfego intenso, sinais de cruzamentos e grande variedade de veículos. Somos constantes.

As motocicletas passam a mesma idéia, por poderem passar entre os carros. Idéia de flexibilidade, de agilidade. Mas ainda seguem pelos caminhos dos carros e isto deixa-as muito mais lentas. Elas pegam os sinais, pegam os carros e todo o tráfego que as obriga a fazer caminhos tortuosos entre eles para poderem andar um pouco mais rápido.

Recife tem vocação para a bicicleta e só agora está acordando para isto. Não importa quando, você ainda irá pedalar para o trabalho aqui!

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16 de março de 2010

PODIA SER RECIFE...

Amigos...

Rotterdam é o ponto de partida do Tour de France 2010. Porque uma cidade da Holanda para isto? Quem sabe!? Talvez porque é uma cidade ciclável, cheia de usuários de bike no dia a dia. Olhem o vídeo, via Pedaleiro, via BikeDrops. Observem como a cidade é plana, cheia de pontes. Parece Recife! A gente pode sonhar, não pode?! Deve!

12 de março de 2010

RECIFE E OS CICLISTAS...

Amigos...

Moramos em uma cidade que não tem dado a devida atenção as suas vocações naturais. Uma cidade que hoje comemora 473 anos sem tomar conta de seus rios, sem pensar na sua planura, sem olhar para sua população.

Recife tem o apelido de Veneza Brasileira, construída em cima de ilhotas e áreas de manguezal na foz dos rios Capibaribe e Beberibe. Ambos, mortos e enterrados em vida, esquecidos pelas autoridades, mal aproveitados e continuamente sufocados por seus cidadãos.

Em uma cidade plana, não temos uma infraestrutura nem ao menos ruim de ciclovias. Copenhagen, na Dinamarca, um país parte do ano congelado, está construindo 15 cicloestradas, grandes vias expressas para uso por ciclistas, trazendo as pessoas dos subúrbios mais distantes para o centro com toda a comodidade. O Recife constroi quase nada de ciclovias, e mesmo quando o faz, pisa na bola sistematicamente.

Só imagino que fazem isso de propósito. Propósito de manter a bicicleta como veículo da massa pobre e desvalida. De incentivar o uso do carro particular pelas classes média e rica, como forma de manter um sólido comércio de veículos, combustível, peças, manutenção e obras na cidade. Alguém deve estar lucrando com isto, sejam os donos dos postos de gasolina, das revendas de automóveis e das empresas de manutenção ou mesmo os políticos. Construindo ciclovias e ciclofaixas espalhadas, perdidas, sem eira nem beira, pela cidade, apenas quem realmente precisa usa. Porque vai usar a via mesmo, não tem alternativa. Com um arremedo de ciclovia, melhora. Não é ideal, mas que fazer?

Fazer a coisa certa para todos era o ideal! Interligar bairros por vias seguras e bem sinalizadas, fazendo a classe média descobrir a bicicleta. Se não todos, pelo menos quem puder e quiser vai ter como. E isto reduzirá o uso do carro e a sua necessidade, melhorando o tráfego, a poluição, o estresse social.

E isto para nem falar do "por fora" que tantas obras AUTO-viárias geram para quem decide. Porque pintar ciclofaixas e fazer ciclovias custam um nada em relação a tantas pontes, vias mangues e corredores. Precisamos mesmo disto, ou precisamos de melhores gestores, gente com mais peito e raça para tomar medidas reais que resolvam os problemas de tráfego da cidade?

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CULTURA E NATUREZA...

Amigos...

Este final de semana estão sendo realizadas pelo mundo afora as PEDALADAS PELADAS. A WORLD NAKED BIKE RIDES (WNBR) são uma forma de protesto para mostrar (tudo!) ao mundo como nos sentimos nus ao pedalar pela cidade, expostos ao tráfego insensato e ao temperamento nem sempre cordato dos motoristas. Eu até acho que é uma boa iniciativa, quem me conhece sabe que sou um defensor do mínimo de roupas em todas as ocasiões. Com este calor, terno e gravata, e com todos os adereços, é um sacrifício a que alguns somos submetidos diariamente, e que eu acho altamente desnecessário.

Mas é que eu acho que certas partes do corpo não foram feitas para o atrito direto com selins, mesmo com gel (eita!). Deve assar tudo, em especial aquelas pessoas (como eu!) que estão acima do peso. Plástico, suor e pele macia juntos, deve pegar mal para esta última, coitada! Além do que não acho que os motoristas entendam realmente o significado do protesto. Tanto é que em alguns sites li advertências para que cinegrafistas e fotografos não explorassem o nú do protesto em detrimento do próprio protesto. Meio difícil de entender, digo como fotografo. Acho que só servem imagens em que o pelado aparecer com a bike em destaque, ele mesmo apenas um "elemento" da composição. Complicado!

Realmente acho que quem melhor formador a opinião dos demais cidadãos sobre os ciclistas e seus direitos são os passeios semanais e quase diários organizados por grupos de amigos. Uma massa de 100 ou 200 ciclistas pedalando de forma ordeira, atravessando o tráfego de forma respeitosa, é o equivalente a uma super-jamanta de 200 ou 400 rodas, transportando uma ou duas centenas de pessoas. Lenta, mas tão importante quanto cada carro nas ruas. Se um carro respeita uma jamanta destas porque não nos respeitar também.

Tanto é que depois de quase dois anos pedalando e olhando, fico sempre surpreso com o respeito que motoristas têm na passagem dos grupos pela cidade. Claro que existem os que não gostam. Mas a unanimidade costuma ser burra e é rara em qualquer assunto!

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GIRO SEGURO...

Amigos...

Sempre que organizo uma saída para pedalar sozinho ou com alguns poucos amigos, gasto parte do tempo pensando onde é possível ir sem temer um assalto. Quem vive em grandes cidades está quase sempre em alerta para possíveis tentativas de assalto, Recife não é exceção. E numa cidade tão pedalável, as bicicletas são dinheiro vivo para os meliantes e viciados.

A maioria destes episódios acontece com o ladrão ou ladrões explorando a nossa maior fragilidade. Somos um veículo de equilíbrio, nos mantemos em pé graças ao movimento dos pedais e desde que sempre em movimento. Alguns até conseguem se equilibrar parados, mas ainda sim, é um equilibrio instável. Ladrões de bicicletas sabem disto e usam peso ou força para nos desequilibrar, ou mesmo pancadas para atordoar o ciclista e fazê-lo perder o rumo. O que fazer então para evitar isto?

Primeiro, perca a ilusão de que isto não ocorre neste ou naquele local. Já rodei em alguns locais sozinho e algum tempo depois, amigos foram assaltados ao passar por eles. O ladrão pode te atacar na Ciclovia da Orla, imitando um corredor, malhado, de camiseta, bem apessoado. Ele te bate, derruba e leva a bike antes que você perceba o que aconteceu. Portanto, se notar alguém correndo próximo a esta ou outra ciclovia, fique atento e acelere para passar rápido.

Depois, não aceite como certo que uma pessoa parada esperando ônibus é um honesto trabalhador. Já aconteceram casos de ciclistas acertados por pauladas ao passar perto de paradas de ônibus. Ele perde o equilibrio e fica tonto, enquanto o larápio desaparece. Fique de olho na calçada.

Outras técnicas como jogar o corpo em cima do ciclista para derruba-lo, chutar a roda dianteira ou puxar o ciclista contra si, são efetivas e tem feito vítimas na cidade. Solução: fique atento. Evite usar seu i-Pod para não se distrair, programe bem sua pedalada mas não "desligue" seu senso de alerta.

E se por acaso vc tiver sua bike roubada, não esqueça de usar o link do DENUNCIE E ALERTE, para evitar que a repassem. Especialmente se ela for uma bike de qualidade, marca cara ou tiver custado muito. Pedalar seguro depende de todos.

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10 de março de 2010

PENSANDO ENQUANTO PEDALO

PEDALAR É LEGAL... DE ROSA!


Marina, Isaac e Dr.Stefan.

Amigos...

O Corujaqueira reuniu uma massa de ciclistas para rodar até a Várzea, um dos três destinos noturnos possíveis em Recife. O giro com cerca de 30km, seguiu por Casa Amarela e Apipucos, chegou a bordejar a entrada de Camaragibe, esticou por toda a extensão da Caxangá, passou pelo Sport e pelo Túnel Chico Science seguindo novamente para a Jaqueira. Grande frequência.

Marcaram presença os adeptos da "rosamania" do Isaac Heleno, com o lema "PEDALAR É LEGAL". Todos de camiseta rosa! O movimento se expande e é a novidade em todos os grupos que pedalam na cidade e onde o Isaac sai. Aliás Isaac confirmou que irá mesmo fazer Recife-Petrolina em julho. E vai colorindo de rosa todo o agreste e sertão! Serão 750km, aproximadamente, pedalados em 7 dias, com uma expectativa de pedalar cerca de 250km em alguns dias. PEDALAR É LEGAL, DÁ PRAZER E NÃO ENGORDA! Vai ISAAC!

Comentem!!!

9 de março de 2010

ESPAÇO... PARA TODOS!

Amigos...

Nós, ciclistas, somos também motoristas. Ou, pelo menos uma boa maioria dos que estão lendo este post é! Muitas vezes ao volante, estamos naquela posição incômoda do outro lado dos que imprensam. O que nos diferencia é que por pedalarmos, procuramos respeitar os outros ciclistas, respeitar o espaço de 1,5m ao ultrapassa-lo, não pressiona-lo e acima de tudo, nunca jogarmos o carro em cima deles.

Já me vi naquela situação de estar imprensado entre um ônibus e uma bike, sem saber aonde ir, e literalmente parado. Tenho de reconhecer que nem sempre é culpa do motorista a falta de espaço. Acontece. Simplesmente alguns espaços não foram concebidos para permitir que ciclista e motorista passem lado a lado. E neste caso, é deixar o veículo lento ir na frente, como você faria se na sua frente estivesse um carro antigo ou bem velho. Na faixa da direita, ele está certo e tem tanto direito a usar a via quanto vc [leia o CTB para qq dúvida sobre isto!].

E como agir corretamente nestas situações? Os ciclistas devem primeiro evitar estes espaços apertados. Pedalar na via exclusiva de carros na Av.Conde da Boa Vista, por exemplo, só em último caso. Em muitas vias deste tipo mal cabe um carro. E se for realmente necessário, aja como um automóvel: pedale pelo centro da faixa, pedale rápido e saia de lá o mais cedo possível. Neste caso mesmo, o mais indicado para pedalar são os binários, as vias menos movimentadas das laterais dela como a Manoel Borba e a Rua do Príncipe.

Aos motoristas colocados nestas situações, armem-se da paciência que vocês teriam se na frente estivesse um velho modelo T, a plenos 20km/h! Sei que com o calor escorchante que tem feito em Recife, com os ar condicionados suando para garantir um ambiente apenas morno, suportar um ciclista ou um calhambeque em situações assim é um exercício de paciência dos melhores. Mas ai entra a pessoa consciente que você é e que cobra dos outros posturas corretas: DÊ O EXEMPLO! Se for preciso, proteja seu colega de pedal, aja como "carro de apoio", siga-o sem pressiona-lo, suporte as buzinadas e outros "estímulos" dos menos conscientes. E aproveite para refletir sobre a pressa em que você vive. Se é mesmo tão necessária assim!

Resumindo, faça aos outros o que você iria querer para si. Um dia pode ser que seja você no lugar dele!

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8 de março de 2010

CASA DA PÓLVORA, OLINDA


Amigos...

O APS fez um passeio curto ontem para a Casa da Pólvora, ruínas recém-descobertas em Olinda. Infelizmente, perdi algumas das fotos do passeio, problemas com o Picasa. Consegui, porém, fazer uma das montagens panorâmicas que tinha previsto. Espero que não haja nenhum inconveniente.



Foram cerca de 25km pedalados, sem problemas, apesar do sol abrasador. O local é histórico (ver mais detalhes no blog do APS, pesquisa de Roberta Tavares), mas está abandonado.

5 de março de 2010

PORTO SEGURO...

Amigos...

Parte do problema de pedalar nas cidades como forma de deslocamento, para o trabalho, escola, etc, é saber onde se pode guardar a sua bicicleta enquanto faz o que veio fazer. Entenda que não estou dizendo aonde vc pode parar e larga-la. Isto vc faz em qualquer lugar! Falo em GUARDAR. Falo em deixar sua magrela segura, e ter a certeza de que vc vai encontrar tudo lá quando voltar, exatamente da forma como deixou.

Nossa cultura pedalistica (uso da bike como meio de transporte) é baseada nas pessoas de baixa renda com bicicletas simples, muitas do tipo "barraforte". As trancas vão desde aquelas que não resistem a um alicate doméstico até as correntes grossas e os cadeados pesados. Estas bicicletas não têm partes facilmente removíveis, não tem selins com ajuste rápido, rodas com troca rápida, faroletes, ciclocomputadores, etc. Quando muito, um engradado de plástico amarrado com arame no bagageiro, aumentando a "capacidade de carga". Mesmo assim é, na maioria das vezes, o único patrimônio do dono.

Nós, que dispomos de mais algum recurso, temos de tentar proteger as nossas usando trancas e mais trancas, bicicletas mais simples, disfraçadas, ou trocando tudo "rápido" por algo mais "lento". Mesmo assim não é 100% garantido. Vc nunca sabe se quem vai voltar e encontrar tudo. Como resolver isto?

Por um lado, usando a união: estejamos alerta para toda bicicleta estacionada como se fosse a nossa. Alertar o dono ou a polícia se suspeitar de um roubo em andamento. Depois protegendo a nossa da melhor maneira possível: travas de boa qualidade, bloqueios chaveados para as troca rápidas (será que existe isto? Se não existe, deviam inventar!) e escolha de lugares seguros para a guarda. E finalmente, cobrando de quem é responsável por estacionamentos de shoppings, hipermercados, negócios em geral, a instalação de bicicletários vigiados e controlados, o que pode se tornar um diferencial de mercado.

A melhor abordagem é pensar como ladrão: olhe para sua bicicleta e veja com "cobiça" o que vc "roubaria" e como o faria. Isto vai te indicar como protege-la.

É isto ou então você reza, e entrega a Deus e ao ladrão!

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4 de março de 2010

FAÇA SUA SEGURANÇA...

Amigos...

Alguns colegas falaram da falta de segurança para pedalar no dia a dia. Que sentem-se intimidados pelos carros, pelos ônibus e pelos riscos de roubo. É certo que no atual estado da segurança pública e trânsito no Recife, melhor prevenir do que remediar. É preciso que cada um faça um pouco pela própria segurança.

Antes de mais nada é preciso que se saiba que acontecem bem menos acidentes com bicicletas do que com carros e muito menos que as motos. Quem pedala sabe que nossa resposta a alguma aproximação de um carro ou de um possível assalto, é de baixa velocidade. No carro, vc acelera e rapidamente pode ficar fora do alcance preciso de um assalto ou de um outro carro que se aproxime perigosamente. Mas de bike, a velocidade baixa nos deixa vulneráveis.

Então primeiro escolha precisamente o roteiro que pretende pedalar. Observe que uma bicicleta roda melhor se mantiver a velocidade constante. Uma grande avenida cheia de cruzamentos não é a via ideal para pedalar. Observe se não existem variantes com menos movimento. Mesmo que aparentemente fique mais longe, a velocidade constante e o menor risco torna a pedalada agradabilissima.

Depois esteja certo de que sua bicicleta não atrai olhares de inveja. De nada adianta ter aquele modelo de R$ 5.000 se você só pode rodar com ela em grupos grandes. É um "coelho assustado" permanentemente. Para pedalar nas ruas e sozinho, prefira bicicletas mais simples, sem muitos acessórios e sem muitos adesivos de marcas. Nada mais atrativo que um câmbio Shimano ou um quadro Giant. É chamariz de ladrão. Isto não significa que você não deve pedalar com estes produtos. Significa que vc deve ocultar dos "amigos do alheio" marcas e outros itens que valorizem a bike, e que se vendidos rendam muitas pedras de crack ao ladrão.

Finalmente, use a cabeça, sempre. Pedalar nas ruas não é como pedalar em um velódromo. Fique atento, olhe para frente todo o tempo, não use I-Pod para pedalar para não se distrair, analise as pessoas que estiverem em pontos de ônibus sózinhos ou em grupos pequenos, observe quem se aproxima para atravessar, e fique atento aos cruzamentos e pontos onde os carros normalmente mudam de direção. Os riscos existem para todos, mas pedalar dá tanto prazer que realmente vale a pena corre-los.

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2 de março de 2010

MECÂNICOS...SERÁ QUE SÃO MESMO?

Amigos...

Nenhuma novidade quando pensamos na qualidade técnica de oficinas dedicadas as nossas bicicletas. Todas são frágeis, com problemas de atendimento, treinamento, qualidade e garantia de serviço. Não é incomum trocarem seus mecânicos, fazerem serviços pela metade, ou mesmo fecharem as portas sem aviso. Já passei por poucas e boas.

O que temos que ter em mente e deixar claro para quem é dono destes negócios e para quem mete a mão nas nossas bikes, é o grau de responsabilidade que eles têm e porque a qualidade dos trabalhos deles é muito importante. Não só pelo fato de que não fica "muito bem na fita" você sair da oficina em um dia, e o mesmo defeito se repetir antes de pedalar 10km, mas pela possibilidade de que aquele defeito possa vir a provocar um acidente grave e até mesmo a morte do ciclista.

Considere um sistema de freios que deixa você na mão numa descida braba, ou os pedais se soltando enquanto você está atravessando um tráfego pesado. Confiamos no nosso equipamento enquanto pedalamos. Confiamos na resposta precisa para cada ação do equipamento. E confiamos este equipamento aos nossos mecânicos. Acreditamos neles. Esperamos que o serviço tenha sido feito com esmero, com capricho e com consciência de que o trabalho dele é muito importante para a nossa segurança. E também para o próprio trabalho dele. Afinal, o que vai ser dele se mais e mais pessoas deixarem de confiar em sua atividade ou deixarem de usar as bicicletas.

Cabe aos donos das oficinas "dar um trato" na qualidade e na imagem de suas oficinas. Espaços limpos, com as bicicletas em baias separadas, permitindo que o cliente acompanhe o que está sendo feito, se quiser. Profissionais treinados e identificados, oferecendo qualidade no atendimento e no serviço realizado. Ou será que estas empresas vão esperar serem envolvidas em um processo judicial pesado por negligência ou imperícia, para poderem se enquadrar?

Será que esperar qualidade é muito?

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1 de março de 2010

EXEMPLOS...

Amigos...

Voltaire disse um dia, "EXEMPLOS CORRIGEM MELHOR QUE REPRIMENDAS". Quem acompanha o blog sabe que volta e meia me bato em defesa dos nossos atos como exemplos para os demais participantes do tráfego. Quando saio, evito furar sinais, pedalar pelas calçadas ou andar pela contramão. É certo que nossas cidades não foram feitas para que os ciclista as use sem problemas. Muitas rotas diretas que teriam apenas alguns quilometros, terminam bem mais longas para que possam ser feitas com mais segurança. Mas isto é outro assunto. Em linhas gerais, para onde você for, vá pelas regras.

É preciso que todos entendam que a segurança de todos nós, ciclistas, depende de pedalar com correção e respeito às leis. A nossa imagem dentro do tráfego e o crescimento da importância de nossa opção de mobilidade depende de darmos sempre um bom exemplo. Bons exemplos garantem que motoristas e motociclistas passem a nos respeitar mais. Mostram para outros ciclistas menos informados ou menos ciosos em respeitar á lei, que existe sim a possibilidade de ser legal, de ser cortês e educado no trânsito. Não somos animais, vivemos em comunidade e dar bons exemplos ajuda mais que reprimir, que punir.

Claro que entendo que muitas vezes fica difícil ser exemplar a todo momento. Que atire a primeira pedra aquele que já não quebrou as regras para atalhar seu caminho. Nada é absoluto. Mas entenda que além de prejudicar você pelo aumento do risco, pedalar sem seguir as regras, sem atenção ao exemplo que está dando, vai prejudicar a todos os que pedalam, e aumentará a sua própria dificuldade como ciclista ou pedalista no trânsito. Melhorar nossa imagem no trânsito, só ajuda a nós mesmos! Colabore, pedale direito e dê o exemplo!

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DE OLHO NA BIKE



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Ei, QUER SUA FOTO AQUI TAMBÉM? Se tiver bicicleta nela, vale! Mande com uns 800 pixels de largura maior para CONTATO.RL@GMAIL.COM, com marca d'água, nome, email e/ou telefone. Atualizado todo final de semana.
No aguarde!

Original ROGÉRIO LEITE @ 2010