3 de setembro de 2010

OBSERVANDO O OBSERVATÓRIO...

Amigos...

Estava lendo esta matéria no OBSERVATÓRIO DO RECIFE, organização não governamental que observa e analisa a cidade.  Como sempre quem pode pressionar o poder público a adotar políticas públicas de inserção da bicicleta na vida da cidade nem ao menos se lembra delas. E com isto, esquece uma grande quantidade de trabalhadores, invisíveis, esquecidos, e que usam a bike todos os dias nas ruas, indo para seu trabalho ou casa. Como vi que eles nem ao menos pensaram que a bicicleta existe, dei o seguinte toque nos comentários da matéria.
Os carros transportam poucos e ocupam muito espaço na cidade prejudicando a todos. A PCR não aje e fica discutindo paliativos, como mais pontes, vias e corredores. O corredor Norte-Sul, tira os ônibus da Agamenon, e a quem serve? O corredor elevado da Av.Norte, tira os ônibus da via, e a quem serve? As pontes de Santana e Monteiro criam novos acessos a zona norte, e a quem serve? Para todas as questões a resposta é apenas uma: aos carros! E além disto, todas as soluções continuam ignorando uma grande parte dos trabalhadores que não utilizam o sistema público por falta de recursos. São milhares de trabalhadores que todos os dias usam as bicicletas em seus deslocamentos diários, e que continuam a ser ignorados pelo poder público. As ciclovias previstas nestes grandes projetos de mobilidade surgem do nada, não são integradas, levando o ciclista para lugar nenhum, e isto incluindo dúzias de cruzamentos, como a Norte-Sul. Existem 70 MILHÕES de bicicletas no Brasil, mais do dobro dos carros, mas o Recife prefere ignora-las, trata-las como uma aberração do tráfego. O Recife é plano, poderia ser extremamente beneficiado com a implantação de um sistema de integração da bicicleta com os ônibus e metrô, com bicicletários nas estações SEI, enfim, com uma política de inclusão de trabalhadores que precisam mas não podem se deslocar na cidade sem ela. O uso da bicicleta poderia aliviar o sistema de transporte público na periferia, favorecer linhas integradoras, reduzir o número de ônibus e carros nas ruas (sim, alguns ciclistas têm carro, mas OPTAM, pela bicicleta, pelos mais diversos motivos!). Mas isto nem ao menos é lembrado por quem deve. Considerem a bicicleta como alternativa e vocês vão ver que cidade pode ser Recife, limpa, organizada, fluindo com tranquilidade, sem o estresse que tantos engarrafamentos nos trazem. Vão até ganhar mais dinheiro com um sistema público de transportes muito mais eficiente e rápido!
Espero que pelo menos leiam. Mesmo que não fique lá, já que é moderado, se lerem, já é uma vitória. Será que eles continuam achando que bicicleta é objeto de lazer? Nunca deram um giro, mesmo que virtual em COPENHAGEN ou AMSTERDAM? Não é tão difícil ver que o mundo já pensou em soluções para resolver os problemas de tráfego. Basta copiar o modelo, e adapta-lo a nossa realidade. Mas teimam em encontrar o modelo próprio que no final, não existe sem a bicicleta nele!

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DE OLHO NA BIKE



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Original ROGÉRIO LEITE @ 2010