21 de abril de 2014

MUDANDO...

Amigos...

Estive em João Pessoa no feriadão.  Como sempre, uma profusão de superbikes toma a orla todas as manhãs, malhinhas colant, farejando competição na praia!  João Pessoa não tem o perfil plano do Recife, ideal para a bicicleta no dia a dia, mas péssimo para treinos de competição. Lá é justamente o contrário.  A cidade é cheia de ladeiras e algumas estradas são excelentes para o treino de ciclistas de competição.  Isso explica a grande quantidade de lojas e o tanto de ciclistas esportivos.  Uma grande maioria, chega de carro com as bikes no transbike. 
Mas a cidade aspira o uso da bicicleta no dia a dia, hoje já entupido mesmo nos feriadões.  Agora eles tem também a Ciclofaixa de Lazer, indo da praia de Tambaú a Lagoa, no centro da cidade.  Parte do entorno da Lagoa foi fechado ao tráfego, e até picnic vi gente fazendo.  Uma boa opção para os domingos e (acho) feriados!  Ela é uma ciclofaixa unidirecional que ocupa uma faixa em cada via, uma indo, outra voltando.  Bem mais larga que a nossa.  Além do mais, os orientadores não ficam no sol o dia todo, mas protegidos embaixo de um guarda sol e sentados em um banquinho.  Mais humano, creio eu! O que pega, pelo menos para os peso-pesados como eu, é a danada da subida da Epitácio Pessoa.  O MapMyRide me diz que são cerca de 50 metros de desnível, mas parece uma eternidade.

Tinha saido de carro para fotografar dentro de um projeto que estou fazendo. Mas observei que a subida é apreciável. Espero poder faze-la de bike em uma próxima viagem, se descobrir onde alugar uma.  Aqui algumas fotos para compararmos...

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16 de abril de 2014

GENESES...

Amigos...

Fiquei pensando hoje em uma ideia sobre o crescimento ou desenvolvimento orgânico que acontece diante dos nossos olhos com coisas do tipo camelôs e ciclistas comutadores.  Coisas aparentemente tão díspares, que até dá para se perguntar que danado é GÊNESES?!

Gênese é a origem, a forma como se dá o aparecimento de qualquer coisa.  No Recife, desde que me entendo por gente, temos um processo sócio-urbanístico que origina CAMELÔS.  Volta e meia o poder público se enfeza e tira todos, alocando em "shoppings populares", "mercadões" e "camelódromos". O povo mais antigo lembra que o tal camelódromo da Dantas Barreto surgiu para por fim nos camelôs de rua.  Não adiantou claro, porque a gênese continua a toda.  Tiram um, aparecem dez.   Começam com um carrinho de mão que logo ganha um guarda-sol, depois um tijolo na roda, dois tijolos, cimento, e quando se pisca o olho, está lá o cara pedindo "usucapião" da calçada.  E tome briga, pneu queimado, passeata, para colocarem eles em um outro "shopping popular". Sistema orgânico de crescimento!

Com os ciclistas comutadores também é assim. O sujeito começa a se enfezar com o tráfego, vendo os ciclistas passarem, e o calor comendo o juízo do cabra com farofa, vai moendo as ideia dele!   Aí surge a luz: a ciclofaixa de turismo e lazer.  Por recomendação médica ou por simples vontade de relaxar, o cabra compra uma bicicleta e começa a usar a tal ciclofaixa.  Usa, usa, começa a participar de passeios, faz amizades, o bucho diminui, o cara começa a se sentir feliz.  Daí para querer usar a bicicleta todo dia, um pulinho!  Ele experimenta, vai descobrindo as manhas, usar as ruas menos movimentadas, fazer até o caminho maior e cada dia mais feliz.  Toma uns tombos, umas fechadas, manda muito motorista par'aquele lugar, mas no final do dia, todo endorfinado, se sente no paraíso.   Sistema orgânico de crescimento!

Interessante como isso tem acontecido muito esses dois crescimentos.  Cada dia vejo mais gente pedalando mesmo considerando a falta de retorno da prefeitura. Camelô então!?!?


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7 de abril de 2014

FUI DE OUTRO TEMPO...

Essa paisagem vai sumir. Querem remover parte do manguezal à esquerda para por mais um viaduto. Porque não um sistema de transporte público decente e uma área verde com parques, ciclovias e cafés?

Amigos...

Fui de um tempo em que as margens do Capibaribe eram horríveis, sem vegetação, carecas.  Os prédios ficavam em destaque, e bom era andar junto ao rio.  Claro que era fétido, ainda mais do que é hoje, imundíssimo.  Um nojo.  Um rio morto de tanta porcaria que recebia ao longo de seu curso e ainda mais porque não dispunha de seu sistema de limpeza, removido pelo homem para dar "vistas" aos moradores de prédios em seu curso.

Passei 20 anos fora da cidade, e só vinha uma ou duas vezes por ano aqui.  Quando voltei a morar no Recife, foi que percebi mesmo como a cidade ficava mais bonita com seu rio emoldurado pelo manguezal.  Como a cidade demonstrou seu apreço a isso, mantendo o manguezal, protegendo ele como berçário natural, atraindo pássaros, peixes e insetos para ele. Um ecossistema recuperado.  Recife não é uma das cidades que mais ame as árvores e o estado de Pernambuco é dos que menos gasta com meio ambiente. Por isso a surpresa. Recife e sua população extremamente viciada em usar o carro, quer espaço para mais e mais carros.  Para isso, espreme, não cuida, derruba, não planta e nem cobra a preservação de suas áreas verdes, abrindo sempre mais e mais espaço para a sanha automotiva.

Agora, essa sanha chegou ao rio.  Querem botar abaixo um pedaço do manguezal para construir um viaduto por cima do rio para implantar o trecho da Beira Rio entre a Ponte da Torre e da Capunga.  A mesma "maluquice" da via Mangue, em Boa Viagem.  Espaço que poderia ser dedicada a uma nova forma de ver a cidade, para as pessoas que ali moram, virando mais um engarrafamento diário. Mais calor, ruído, segregação, agonia.

E ainda tirando meu cartão postal da cidade!

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2 de abril de 2014

...E VAI FALTAR PEDRA!


Amigos...

A falta de compostura e respeito no trânsito do Recife está atingindo um ponto de explosão.  Em algum momento, em breve, algo irá ocorrer que irá saturar, atingir aquele momento em que o cordial brasileiro vira um bicho do mato.  A coisa está de "voar pedra" nos carros, e se começar, vai faltar pedra!

São carros, ônibus e motos avançando sobre o pedestre e o ciclista, até nas faixas de pedestres.  Ninguém respeita mais esse espaço, culpa da falta de fiscalização da CTTU em geral, mas muito também pela falta de manutenção da sinalização pela PCR.  Porém, se aproveitando disso, motoristas tem ignorado e alegado ignorância sobre a existência e posicionamento das faixas. Faltar tinta para pintar besteira na cidade não falta, mas as faixas nos cruzamentos, nunca tem.

Claro que muitos motoristas respeitam quem está no meio da travessia, como manda a lei.  Mas muitos se mostram irracionais e jogam por cima, ameaçando o pedestre e infringindo a lei.  O CTB é claro, é infração gravíssima ameaçar ciclista ou pedestre com o carro. Mas quem liga.  Sem "XERIFE" a cidade é "TERRA SEM LEI", faroeste caboclo tupiniquim.  Qualquer dia desses vai sobrar uma bala para um motorista, ou no mínimo uma pedrada no vidro do carro ou ônibus. E se começar, vai ser difícil parar.

Mas o que esperar de uma pessoa que está sendo agredida com toneladas de ferro?  Qual a reação que ela deve ter? Reclamar não adianta. Câmeras de segurança da SDS não resolvem.  Às vezes, nem o tal guardinha municipal chamando atenção, os doidos não respeitam.

Aviso novamente, vai rolar baixaria qualquer dia desses...é só esperar para ver!

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DE OLHO NA BIKE



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Ei, QUER SUA FOTO AQUI TAMBÉM? Se tiver bicicleta nela, vale! Mande com uns 800 pixels de largura maior para CONTATO.RL@GMAIL.COM, com marca d'água, nome, email e/ou telefone. Atualizado todo final de semana.
No aguarde!

Original ROGÉRIO LEITE @ 2010