13 de setembro de 2014

23 MILHÕES DE VIAGENS COM ZERO MORTES!

BIKE PE - Estação da Praça da Independência, centro do Recife.
Modelo de bicicleta de cruzeiro, com cesta, paralamas e lanterna traseira.  Nas vezes que usei, a bicicleta se mostrou mais dura, pesada, lenta.  Realmente difícil não ve-la de longe. Ponto para o artigo!


Amigos...

Flanando nas minhas fontes, deparei com um artigo na TREEHUGGER analisando um interessante fenômeno no mundo das bicicletas.  O autor se pergunta porque dentre 23 milhões de viagens em bicicletas compartilhadas nos EUA desde 2007, NINGUÉM sofreu algum acidente mortal?!! NINGUÉM!  ZERO!!!!! É um fato registrado, e que chamou a atenção dele e minha, claro!  Bicicletas compartilhadas são os sistemas similares ao nosso BIKE PE, bicicletas que se aluga por um tempo limitado.  A informação é muito interessante e a análise que segue, também.  Ele começa tentando entender as mortes de ciclistas.  Segundo ele, muitas senão a maioria são causadas por erro do motoristas mais que do ciclista e por uma falta de infraestrutura de transporte e desenho urbano. Mas ele se pergunta se com zero mortes nos sistemas compartilhados, se essas bicicletas não seriam mais seguras e analisa então algumas alternativas que podem ser seguidas por todos os ciclistas.

  1. Primeiro que as bicicletas compartilhadas são modelos de cruzeiro, feitas para encorajar as pessoas a pedalar no que ele chama de "passo holandês".   Ou seja, devagar!  Quando se pedala devagar é mais fácil não perder de vista um motorista mais descontrolado e não ser surpreendido por ele. E se mesmo assim não for possível evitar, vc estará a uma velocidade menor, portanto, talvez tenha mais tempo para evitar um dano maior.  Existem várias razões pelo qual os holandeses e dinamarqueses tem muito menos acidentes graves e mortes em bicicleta/per capita que na América, e ainda menos se considerarmos que eles usam muito menos capacetes.  E uma dessas razões nem sempre discutida é o passo no qual esses povos pedalam.
  2. A segunda ideia é a visibilidade. Quanto mais ciclistas nas ruas, menos acidentes ocorrem, porque os motoristas ficam mais alertas e tomam mais cuidado.
  3. A terceira idéia é que os ciclistas se tornam mais cuidadosos ao pedalar em locais que não estão acostumados. O uso de bicicletas compartilhadas nem sempre é na porta de casa ou na vizinhança imediata. Então, sem familiaridade com as ruas, mais cuidadoso ele se torna.
  4. A quarta idéia é que essas bicicletas são pesadas e lentas, não adequadas a quem faz besteira como se soltar feito criança no parque ao pedalar no meio do tráfego!
  5. Um quinto motivo é que as bicicletas desse tipo possuem iluminação ou pelo menos refletores, na frente e atrás, se tornando visíveis. E isso melhora a forma como os motoristas reagem a presença deles.
  6. Mais uma sexta possibilidade é que essas bicicletas exigem algum tipo de cartão de crédito para serem retiradas, o que indica usuários de mais idade e responsabilidade.
  7. E para finalizar, a sétima idéia é que esses sistemas são implantados em bairros de classe média onde o tráfego é mais lento

Todos essas ideias podem ser mais ou menos responsáveis. Considerando a cidade onde pedalamos, a falta de qualidade tanto dos motoristas e da infraestrutura, percebemos que se pudermos pedalar mais devagar, sem pressa, sempre com iluminação e buscando visibilidade, estaremos mimetizando os modelos mais seguros existentes no planeta e quem sabe, evitando passar para o outro plano da existência muito cedo.

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Original ROGÉRIO LEITE @ 2010